24 setembro 2009

Finalmente... uma escola "dos quescidos"

Eu não disse que haveriam novidades? Pois é, estou desde o início desta semana, na "escola dos quescidos". Que eu já chamo "a minha escola", embora às vezes ainda me distraia e misture tudo. Nos primeiros dias foi pouquinho (muuuuito) complicado mas também... quem esperava outra coisa?! É sempre difícil, para todos os meninos e meninas (já me explicaram isso) e ainda mais quando passei por toda aquela confusão e a minha cabecinha ficou um bocado (só um bocadinho) confusa.
Mas tenho muita sorte, a minha escola nova é espectacular! O espaço, o recreio lá fora, a minha sala, o refeitório e a Carmen e a Elisia, que são muito queridas e dão-me muitos mimos. Assim como todas as pessoas que lá trabalham e que passam por mim (muitas vezes quando estou a chorar porque de manhã é sempre muito difícil deixar os Papás) e têm sempre uma palavra simpática e um sorriso para mim.
Na verdade, desde o 1º dia que eu digo que gosto da escola, que gosto dos amigos e das minhas professoras, isso é inquestionável. Mesmo quando estou a chorar "baba e ranho". O que eu queria era que o Papá e a Mamã também pudessem ficar lá comigo todo o dia. Já que é tão giro, tão divertido e eles são os primeiros a dizer... Mas aos pouquinhos vou percebendo que não é possível, há aquela história do "ir trabalhar" e das "notas" que os Papás têm que ganhar para comprar isto, aquilo e mais aquilo.
Sabem que mais? Ontem e hoje já consegui ficar na escola o dia todo! Almocei (provei um pouquinho de cada coisa) dormi uma horinha na sesta com o Turbulento e também lanchei (mais ou menos bem). Foi uma grande vitória!
E na hora da saída, ainda tive direito à minha primeira Festa de Aniversário, de uma coleguinha de escola, a Mariana. Comi um bolinho muito saboroso do Ruca e tivemos direito a um chapéu e uma língua de sogra para soprar. Foi muito giro :)

PS - E já consigo deixar a minha mochila com o Turbulento na escola... nem imaginam a coragem que é preciso para isso...

12 setembro 2009

Eu pensava que era o meu primeiro dia de escola

Levantei-me tããão cedinho... tomei um duche refrescante e até pus um pouquinho de perfume. A Mamã vestiu-me a bata da praxe e tirou uma fotografia para a posteridade. Depois pus a mochila do gato-índio que o Papá me ofereceu, às costas e... vamos embora malta! Vamos para a escola, pois acordámos tão cedo e já se faz tarde.
E fomos, os 3 muito contentes e animados. Que grande dia!
Cheguei à Creche da Alameda, para aprender muitas coisas e brincar com os meninos e as meninas e qual não foi o meu espanto, quando me vi numa sala de bebézões. Aqueles que eu comecei a chamar de "os amigos bebés". Pois estavam sempre de chucha, com as fraldinhas, sentados no chão, sem saberem falar nada e rodeados de brinquedos de bebé, daqueles que os meus Papás já guardaram há muito muito tempo. Sem poderem ir à rua, jogar à bola ou andar de triciclo porque eram muito pequeninos para isso.
Pois é, afinal aquilo não era bem como os Papás me tinham dito :(
E eles acharam o mesmo. Acho que até acharam mais do que eu. Por isso o Papá reclamou, a Mamã insistiu, os dois juntos fizeram barulho, uma, outra e outra vez. Mas nada. Ninguém os ouviu. E os senhores que mandam naquilo, achavam que sim. Que eu tinha a mesma idade daqueles "amigos bebés", que era tudo o mesmo. E eu nem vou dizer o que é que o Papá diz sobre isso... de "ser tudo o mesmo"... Xiii
Estive lá 3 dias, só 3 dias. Porque, em família (eu incluído), decidimos que não, que aquilo não era nada tudo o mesmo. E que eu tinha direito a uma sala com meninos do meu tamanho. Que soubessem dar remates na bola, cantar canções comigo, conversar um bocadinho, que pudessem fazer um comboio até à casa-de-banho ou ao refeitório. Meninos e meninas que me possam ensinar muitas coisas e até que "me ponham na linha" se eu estiver "a pedi-las"... que a vida na escola é mesmo assim...ah pois é!
E foi assim que fiquei sem escola.
Mas os Papás já estão a tratar disso e para a semana deve haver novidades. Todos estamos à espera disso! :)




No último dia de praia

Ao fim da tarde, eu e a Mamã, levámos o Papá à Ria. Jogámos ao disco e eu mostrei-lhe o barquinho que tinha descoberto no outro dia e que gostei tanto.
Estavam a acabar as nossas férias. Mas eu já dizia há uns dias, com alguma convicção:
«-Qué ir para a nossa casinha de Faro!»



















Todos foram testemunhas da minha persistência

E isso foi bem notado... e comentado!!!
Desde o momento em que, numa tarde, "descobri a existência" das raquetes de praia... e as pedi emprestadas a todas as pessoas à minha volta. Especialmente às que não conhecia de lado nenhum. Não me contentando em pedi-las emprestadas, dizia:
«-Toma! Queres jogar comigo, às raquetes!» - e não, isto não era uma pergunta.
Dizia uma, duas, três, cinquenta vezes, até que cedessem... tão típico destas idades, não é?
O meu amiguinho João foi o primeiro que, com muuuita paciência, me tentou ensinar. E eu nem tinha força para segurar...
Depois o Almeida, muito simpático, foi a casa e ofereceu-me umas. Mas também eram muito pesadas. Ohhhh!
Quem me "salvou" foram os meus amigos crescidos, Joana e André. E as raquetes que me emprestaram começaram a andar comigo para todo o lado. Mesmo para todo o lado... às vezes até para a caminha ao deitar... até para a mesa... e até ao Ikea em Sevilha.
Mas tanta persistência compensou. No última dia, de manhã, ainda dei umas aulas à Nela e jogámos um bocadinho.




Realmente os "espinafres" dão muita força

Até os de brincadeira que fiz com o Primo Mário.
Vejam bem a energia com que eu fiquei. E quantos desportos eu fiz nesta tarde de praia!
Joguei ao disco com o Papá e com o "Pimo Máio", joguei futebol com o Tio "Fenando" e depois raquetes... ufa...!
PS - Mas acho que eles ficaram bem mais cansados do que eu. Como alguém disse, despachei uns quantos... he he




















O "Pimo Mário" já está loooonge...

Mas enquanto esteve cá, ainda teve um tempinho para fazer comigo uns "bolinhos de espinafres", na praia.
Acho que ele estava com medo que eu comesse areia ("Ó Pimo, eu já sou quescido!") e só dizia:
«-É para comer de longe, Bernardo... de longe!»